sexta-feira, 24 de junho de 2011

Educar como exercício de liberdade...

Na primeira noite,
Eles se aproximam
E roubam uma flor
De nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite
Já não se escondem:
Pisam nossas flores,
Matam nosso cão
E não dizemos nada.
Até que um dia
O mais frágil deles
Entra sozinho em nossa casa,
Rouba-nos a luz, e,
Conhecendo nosso medo,
Arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.


Trecho retirado do livro " No caminho , com Maiakovski", de Eduardo Alves da Costa

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